A pele do recém-nascido por ser mais fina e frágil e comum desenvolve
algumas doenças.
Uma certeza que todas as mães têm é que a pele do bebê é mais fina,
frágil e requer mais cuidados do que a pele dos adultos. Mas quando o assunto é
sobre os cuidados para evitar doenças e irritações, as dúvidas são enormes. Com
os recém-nascidos, o órgão tem menos fibras elásticas e colágenas, facilitando
a penetração de substâncias tóxicas ou bactérias e diminuindo seu papel de
proteção. "É mais fácil os pequenos desenvolverem bolhas ou feriadas
quando expostos ao calor, produtos ou substâncias químicas, traumatismos ou
doenças inflamatórias", explica o dermatologista Fernando Passos de
Freitas.
As doenças de pele mais comuns que aparecem nos bebês
Dermatite das fraldas, seborreica ou de contato, icterícia fisiológica e
miliária, conhecida como brotoeja, são as doenças de pele mais comuns em bebês,
além da hiperplasia sebácea. Os nomes podem soar estranho, mas alguns cuidados
são essenciais para a criança ficar longe de desenvolver esses males.
"Muito comum, a dermatite seborreica é um tipo de caspa que surge na
cabeça do bebê sem agressividade. No entanto, pode evoluir e se espalhar para
outras regiões do corpo, e desaparecer ao longo dos meses", explica o
dermatologista Fernando Passos. Os lugares mais comuns, além do couro cabeludo,
são a testa e a dobra da pele atrás da orelha, enquanto o tratamento é simples,
feito com a limpeza diária da criança.
A assadura, outro tipo de dermatite, aparece na área do uso da fralda e também
é conhecida por dermatite das fraldas. "Acontece devido à irritação da
pele à amônia da urina, associada a bactérias e fungos presentes na
região", afirma o especialista, ressaltando que o tratamento é simples:
"Desaparece quando a criança para de usar fraldas", afirma. Enquanto
o bebê não atinge essa fase, mantenha a criança mais seca possível, trocando
sempre as fraldas, mesmo quando estiver com pouca umidade, além de usar pomadas
contra assadura e evitar alimentos ácidos quando o bebê já está na fase de ser
apresentado aos alimentos.
Brotoeja e hiperplasia sebácea
Outro tipo comum de irritação na pele do bebê é quando a mãe opta por produtos
de higiene que provocam alergia. Talcos perfumados, hidratantes e sabonetes que
não tenham PH neutro devem ser evitados. O amarelão, ou a icterícia
fisiológica, é o problema mais comum entre os recém-nascidos e acontece com 50%
deles. A pele do bebê vai ficando amarelada logo nos primeiros dias de vida e
vai se espalhando para o corpo, pelo tórax, abdômen, pernas e olhos, que terão
o branco mais amarelado. A notícia boa é que o problema some logo na primeira
ou segunda semana de vida. "Se o problema se estender, a mãe deve procurar
um médico para entender o problema específico daquele bebê", afirma
Fernando Passos de Freitas.
As pequenas bolhas avermelhadas que aparecem pelo corpo são as brotoejas e
surgem com a dificuldade do organismo em liberar o suor pelas glândulas
sudoríparas. Refrescar a pele da criança e manter o ambiente bem arejado é
certeza de proteção ao pequeno e a arma mais poderosa contra a irritação. Por
fim, a hiperplasia sebácea se caracteriza pelo surgimento de bolinhas muito pequenas
e esbranquiçadas na região do nariz do bebê, mas não é motivo de preocupação:
elas somem com facilidade e em poucas semanas.
Por Bruna
Capistrano